quarta-feira, novembro 24

Compositores brasileiros





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http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0182j.htm
O menino que tocou triângulo para Dom Pedro II 
                               Carlos Gomes                                           
                                (1836 - 1896)
      O Sr. Manuel Gomes, que todos chamavam de "Maneco Músico", era professor de música e dirigiu também a Banda Marcial em Campinas ( na época chamada Vila São Carlos ), no Estado de São Paulo. Em 1836, nasceu mais um menino na família de "Maneco Músico", Antônio Carlos.
    O menino era muito musical. Quando a banda de Campinas apresentou-se para Dom Pedro II, em 1846, Carlos tocou o triângulo ao lado do seu irmão que tocava clarineta.
    O irmão ensinava clarineta para Carlos. Mas, depois, Carlos trocou a clarineta pelo violino, no qual se aperfeiçoou em São Paulo. Tocou bem violino, mas queria mesmo piano. Aos 11 anos, então, começou a tocar piano e fazer suas próprias músicas. Gostava de tocar piano e cantar modinhas ( cantos de origem portuguesa com influência italiana ). Aos quinze anos, Carlos e seu irmão fizeram apresentações nos salões da região e tocaram em festas, muitas vezes estreando modinhas, valsas e mazurcas de Carlos. Aos 23 anos, entrou no Conservatório de Música do Rio de Janeiro. O diretor do Conservatório era Francisco Manoel da Silva, o autor do Hino Nacional. Ele percebeu a musicalidade do rapaz.
      A partir dessa época, Carlos Gomes escreveu cantatas e, em 1861, sua primeira ópera, que teve como regente Francisco Manuel da Silva. Carlos ficou cada vez mais conhecido e recebeu prêmios e medalhas, também do imperador. Em 1863, foi para a Itália a fim de aperfeiçoar-se mais ainda. A sua mais famosa ópera, "Il Guarany", foi escrita em 1870, na Itália.
     Carlos Gomes faleceu em 1896, no Brasil, um ano após a apresentação da sua ópera "Il Guarany" em Portugal, onde recebeu uma grande homenagem do rei.

Texto extraído do livro: ABC da música de Isolde Mohr Frank, página 143.


                   O menino que tocou violoncelo numa viola
                                  Heitor Villa-Lobos
                                      (1887-1959)
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http://www.analekta.com/blog/en/2009/11/18/50th-anniversary-of-villa-lobos-death/
    O Sr. Raul, pai de Heitor Villa-Lobos, era funcionário da Biblioteca Nacional. Ele era, também, professor, autor de livros didáticos e músico amador. Na casa dos Villa-Lobos, todas as semanas executava-se música de câmara.
    Em março de 1887 nasceu o filho Heitor. Pequeno ainda, Heitor começou a tocar clarineta, mas queria tocar também violoncelo, só que o seu tamanho não o permitia. Vendo esse desejo do filho, o pai adaptou uma viola, colocando um espigão ( uma "perninha" ), fazendo assim um "minivioloncelo" para o filho.
    Quando Heitor tinha 12 anos, faleceu o pai. A partir daí, Heitor passou a tocar violoncelo profissionalmente em teatros, cafés, bailes. Começou, também, a tocar violão.
    Aos poucos ficou com o desejo de conhecer outras partes do Brasil. Viajou por todo o país, conhecendo, assim, a música das mais diversas regiões do Brasil.
    Em 1912, resolveu fixar-se no Rio de Janeiro e, em 1913, casou-se com a pianista Lucília Guimarães que, muitas vezes, apresentou obras do marido.
    Durante alguns anos, Heitor Villa-Lobos viveu na França e, quando voltou, em 1930, foi chamado para organizar um movimento cívico-artístico. Organizou ensaios e apresentações de grandes coros. Dirigindo um setor da Secretaria da Educação, ele ficou responsável pelo ensino de canto nos colégios, o canto orfeônico. Seu princípio era o seguinte: a música brasileira depende da formação básica da juventude e o canto coletivo é o melhor meio de educação social. Os livros com os cantos, para uma a quatro vozes, o "Guia Prático", mostram, com seus onze volumes, além de muitos outros livros, o trabalho feito com os jovens. O movimento era tão grande que, em 1942, numa concentração no estádio de São Januário, no Rio de Janeiro, havia 40 mil escolares, cantando juntos.
    A partir de 1944, Heitor Villa-Lobos viajou, como regente de orquestra, anualmente, para os Estados Unidos e para a Europa. Assim, ele regeu as orquestras mais famosas em 24 países.  
     Heitor Villa-Lobos faleceu em 1959.


Texto extraído do livro: ABC da música de Isolde Mohr Frank, página 144.






     Pessoal, aí estão dois exemplos de compositores brasileiros, que podem ser tratados em sala de aula. É aconselhável que vocês criem exercícios sobre o texto acima, fazendo com que os alunos os respondam.
    Nada impede de que se use a biografia de outros compositores, sem serem brasileiros, como: Johann Sebastian Bach, Wolfgang Amadeus Mozart, Joseph Haydn, Antonio Vivaldi, Georg Friedrich Händel, dentre muitos outros de bastante importância.
    Assim, os alunos poderão conhecer um pouco mais sobre os compositores que existiram, e também sobre suas vidas e obras. 
                                                                                      Por Ludmila R. Roder

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